Eventos e produção cultural como estratégias empresariais

VII Encontro de Relações Públicas - matutino

sábado, 28 de novembro de 2009

Novas Tendências Empresariais

Atualmente, o mundo vive um momento de constantes e rápidas mudanças. E isso não é apenas uma etapa passageira. É permanente. As empresas tem que aprender a lidar com isso da melhor maneira. Com isso, hoje passamos por uma mudança de paradigma comunicacional. Estamos na era da informação. E nela, informação não é mais sinônimo de poder. Saber filtrar as informações úteis e usá-las a seu favor, sim.
Os consumidores estão cada vez mais exigentes. A pressão da sociedade sobre as empresas, como em ética corporativa, responsabilidade social, transparência, respeito aos funcionários etc, está cada vez maior. Os comunicadores devem deixar a zona de conforto das mensagens institucionais e enfrentar as questões de frente, assumindo erros, quando eles existem. Apesar de ainda haver muitas empresas que preferem operar "do modo antigo", de forma fechada e acham que é possível esconder informações do público, a nova conjuntura, que vem crescendo cada dia mais são de empresas que estão dispostas a correr riscos, se expor e conversar em pé de igualdade com os clientes ou o cidadão. Podemos notar claramente três tendências empresariais predominantes hoje em dia.
A principal delas é que chegamos à era da Comunicação 2.0. Os programas e ações na área de comunicação não podem mais ser pensados sem a participação ativa dos públicos. Não só na mídia digital, como na mídia impressa também. Um exemplo seriam os leitores que participam efetivamente da criação e produção de revistas, jornais e boletins, como a MyPix, uma revista dirigida aos jovens que é feita com a participação ativa dos leitores do site e twitter e tem distribuição gratuita em locais estratégicos.
A segunda tendência seria o investimento maciço em branding, ou seja, na consolidação das marcas. Não se vende mais apenas um produto ou serviço, vende-se uma idéia, um modo de vida. Desde o mais simples email, panfleto ou no mais sofisticado anúncio publicitário, encontram-se elementos de constução dos valores organizacionais. Os eventos culturais relacionados à empresa são compatíveis com essa nova tendência. Eventos, locais e outras coisas que levam o nome da empresa ajudam a vincular a marca a algo que traz ao consumidor boas memórias. Exemplos bem-sucedidos não faltam: bancos que abrem cinemas, que normalmente tem uma variedade de filmes diferente do convencional, com filmes mais culturais (HSBC Belas Artes, Unibanco Espaço de Cinema etc), empresas que realizam eventos que são compatíveis com o público que querem alcançar (Skol Beats, Haagen Dazs Music Festival, Planeta Terra, Tim Festival etc) e assim por diante.
A terceira tendência é uma lógica de política e planejamento que ultrapassa de longe as fronteiras da ação em si. É um sinal claro de que a área de comunicação ganhou uma dimensão estratégica essencial, ultrapassando os limites táticos que foi submetida por décadas. A teoria da comunicação excelente, criada por Grunig no final da década de 80, finalmente começa a ser uma realidade no mundo da comunicação organizacional.
A era da informação, portanto, é a era da conexão. Conexão essa que ninguém poderá escapar.

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