Eventos e produção cultural como estratégias empresariais

VII Encontro de Relações Públicas - matutino

sexta-feira, 4 de dezembro de 2009

Case do grupo CCR: projetos culturais onde não há infra-estrutura

A CCR – grupo responsável pela manutenção das estradas de Curitiba, São Paulo e Rio de Janeiro – é uma empresa que tem uma característica diferenciada: o pagamento pelo serviço prestado é feito de forma brusca, enquanto o serviço é oferecido, pelos pedágios. João Leiva, da JLeiva, diz que isso naturalmente é visto com desconforto pelos clientes, o que dificulta a formação de uma imagem boa para a empresa. “O desafio do grupo CCR é aliar os interesses da empresa e os desejos e necessidades das cidades próximas às rodovias do consórcio para quebrar esse clima de incômodo”, aponta João Leiva.

A estratégia da CCR para tal foi percorrer todo o percurso em que o grupo atua para descobrir o que falta na infra-estrutura de cultura na grande maioria das cidades cortadas pelas rodovias. “Nossa primeira estratégia foi levar o cinema para essas cidades, a partir do Cine Tela Brasil. Essa ação foi tomada sem levar o nome da CCR – talvez por isso o retorno de mídia tenha sido tão positivo”, explica. Conjuntamente ao Cine Tela Brasil, fez-se o Oficina Tele Brasil, grupos locais de produção cinematográfica com a participação de importantes figuras do cinema nacional.

Os grandes centros urbanos, porém, não eram atingidos por essas estratégias. “Precisávamos organizar algo que atingissem essas lacunas, foi-se feito o projeto Circo de Roda, levando um evento cultural de alto padrão às cidades onde os outros projetos não atuavam efetivamente”, explica João Leiva. Em uma estratégia feita exclusivamente para São Paulo, a Festa do Teatro distribuiu 30mil ingressos gratuitamente na cidade.

A grande quantidade de projetos culturais organizados pelo grupo CCR se explica pelo objetivo de sempre ser notícia. “Temos o objetivo de ter um grande projeto por ano, para mantermos a novidade, para mantermos o interesse da mídia e isso facilita na aceitação da comunidade em que atuamos”, explica João Leiva.


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